Capítulo 10

DÍZIMO

    O dízimo tem um significado muito profundo na qual se explica da seguinte maneira: A palavra dízimo significa um décimo, porção dos rendimentos do homem dedicada a fins religiosos desde tempos imemoriais. Desde as mais remotas eras, dízimos da produção anual dos campos, frutas e rebanhos eram postos a serviço de Deus pelos povos que habita-vam as terras que iam da Babilônia a Roma.

   A falta de uniformidade existente na Bíblia no que se refere à lei dos dízimos é devida principalmente ao fato de que o princípio geral de dar era praticado de modo diferente nas diversas eras e também por estar sujeito a normas que variavam com as pressões políticas e religiosas.

    A lei dos dízimos é uma das leis fundamentais da vida e sua prática perde-se na antiguidade. O fazendeiro tem de aplicá-la na ocasião da colheita; seu dízimo é um décimo dos cereais, do milho, da cevada e da aveia de que ele necessita para a nova semeadura, sem o que não mais terá o que colher.

     O modo ideal de aplicar o dízimo à sua riqueza é destinar uma certa parte do seu dinheiro, terras, ações ou qualquer outro tipo de bens materiais à propagação da Verdade; isto é geralmente feito através das igrejas ou das atividades dedicadas à disseminação das verdades eternas de Deus.

     Os dízimos não são apenas as moedas que se dão livremente em apoio à propagação da verdade e à atividade espiritual escolhida; aplica-se também às crenças, convicções, apreciações e projetos sobre si próprios, sobre outras pessoas e o mundo em geral aceitos mentalmente como verdadeiros. Tudo aquilo que conscientemente se aceita e acredita como verdadeiro sobre nós mesmos, sobre Deus e sobre o Universo constitui também pagamentos (impressões) definidos feitos ao tesouro do seu próprio subconsciente.

    Lembre-se de que a Inteligência Infinita (Deus) responde à natureza do seu pensamento. Deus nada fará por você, a não ser através do seu pensamento, imaginação e crença. Deus é o seu criador, assim como também do Universo e de todas as coisas nele existentes. Você aqui se encontra para utilizar o poder e a sabedoria existentes em seu íntimo e para levar uma vida plena, feliz e próspera. Você também está aqui para contribuir para a riqueza, prosperidade, sucesso e bem-estar de todas as outras pessoas.

  Tudo aquilo que se dá com amor e boa vontade recebe-se em maior quantidade. A lei dos dízimos que tudo que se dá – de boa vontade ou má vontade –  volte inevitavelmente para nós, freqüentemente multiplicado de muitas vezes. É uma lei imutável aquela que diz que as coisas semelhantes se atraem; assim tudo que se semeia no subconsciente colhe-se no espaço sob a forma de condições, experiências e eventos.

 

DÍZIMO UNIVERSAL E PESSOAL

    Dê o dízimo universal e também de o dízimo para você. Este dízimo que guardamos passa a funcionar como um verdadeiro imã de dinheiro. Guarde-o todo mês e seu cérebro entenderá: “Eu tenho tanto que posso guardar dez por cento para mim, pois sou imagem e semelhança de Deus.” E assim, ele cria em seu cérebro uma consciência de prosperidade. Agora você tem esse imã de bolso. Não se desfaça dele. E daqui por diante passe a poupar o seu dízimo pessoal de modo seguro e aplicá-lo em bens permanente, como imóveis por exemplo. Somente em bens que fiquem para toda a vida ou que possam ser trocados quando você quiser por bens ainda mais valiosos. Não aplique este dinheiro em nada que possa cair, quebrar ou perder o valor. Lembre-se também do dízimo de Deus. Dê a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. Cuidando bem do seu imã de dinheiro e sempre honrando o compromisso desse dízimo consigo mesmo, você passará a receber do Universo muito mais do que está guardando. E terá também a responsabilidade de retribuir.

 

OS HEBREUS E O PROFETA MALAQUIAS

     Na história antiga dos hebreus, consta que eles praticavam o Dízimo com seriedade, conforme a Bíblia, e viviam prósperos. Mas, em certa época aboliram a sua prática; “coincidentemente” um enxame de gafanhotos arrasou com suas lavouras, vieram a fome e a miséria. Deus teria castigado? Não! Foi a própria lei da ação e reação. Foi justamente nesse período em que o profeta Malaquias incentivou o povo a voltar com as oferendas a Deus, cujas advertências estão citadas no seu famoso alerta bíblico:

    “Trazei o dízimo todo à casa do tesouro, para que haja mantimento em minha casa e provai nisto, diz Deus, se não vos abrir eu as janelas do céu e não derramar sobre vós uma benção até que não haja mais lugar para recolherdes.” (Malaquias 3:10)

  Poderia alguém dizer: “Isso funcionava nos tempos bíblicos, hoje os tempos são outros.” Pergunto, será que a Lei Divina mudou? Certamente não! Todos os relatos maravilhosos do retorno do dízimo seriam coincidências? Claro que não!

   Assim como se têm inúmeros relatos belíssimos do retorno do Dízimo, existem muitos casos tristes de pessoas que pararam com as doações ou que as recusaram quando solicitadas.

   “Parar com o Dízimo é como tirar a lenha da fogueira que alimenta a chama da prosperidade.”

      Se você não tem “coragem” de praticar os 10% universal e pessoal, faça o que seu “coração mandar”. Dê o quanto desejar, com amor e sabedoria, sem medo, sem sentimento de carência. 

      Os fiéis ___ salvo exceções ___ perderam a fé em doar dinheiro e outros bens às igrejas, aos religiosos. Há vários motivos:

a)      Houve é há imposições e desvirtuamentos;

b)      Por não acreditarem que REALMENTE É VERDADE a promessa Bíblica “Quem dá, recebe”;

c)      Por carência e medo: que a doação irá fazer falta, que nunca se tem para doar;

      Para reforçar a sua fé no retorno maravilhoso do Dízimo, guarde estes lembretes, aliás, pratique-os:

1-      Pior a sua situação, maior a doação.

2-      Se queres dinheiro, deves doar dinheiro.

3-      Dando, você conjuga o verbo receber.

    Muitos têm esta dúvida: dar o Dízimo do bruto ou do líquido recebido? Segundo o estudioso do assunto L. E, Meyer (Unity), no caso de empresas (negócios) o Dízimo será sobre o líquido, mas alguns dão sobre o bruto; é questão de fé. No caso de ser assalariado, o Dízimo será deduzido do valor bruto, ou seja, primeiramente o Dízimo, depois as contas a pagar. Se você participa de algum seguimento religioso ou filosófico, pratique o Dízimo. Caso não participe, pratique-o em qualquer instituição que seu “coração” sentir que esteja precisando e verá como as coisas mudam em sua vida.

 

PROGRAME SEU DÍZIMO

  É orientado, principalmente às pessoas mais carentes, que se pode programar a doação do dízimo, guardando todos os dias, ou quando possível, pequenas notas de dinheiro ou mesmo moedinhas e depois, no final da semana, mês, ou quando desejar, efetuar a doação que fica a seu critério. Quando separar esse dinheiro, coloque-o entre as mãos, e orando diga:

      “Cedo esta importância livremente e Deus a multiplicará extraordinariamente”.

   Para finalizar: faça a doação com o espírito real de gratidão a Deus __ Criador e não no sentido de barganha e aguarde felizes acontecimentos.

          

ORAÇÃO DO DIZIMISTA

    “Senhor Deus, vós distribuís todos os dons gratuitamente. Derramastes e continuais derramando vossas bençãos sobre cada um de nós sem exigir nada em troca. Concedei-nos a graça de fazermos o mesmo. Que cada cristão colabore com sua comunidade. Cada um dê o que manda seu coração e o que exige sua consciência. Isto constitui sinal de que somos cristãos, vivemos em comunidade, temos a nossa família, e nos preocupamos uns com os outros. O dízimo é um gesto de ação de graças, um ato de gratidão a Deus por suas infinitas graças. Ele é um gesto de amor, de partilha, de doação. Não é uma esmola para tranquilizar a consciência. É uma doação espontânea livre e generosa que caracteriza o desapego do cristão. Que eu me feche no pouco ou muito que tenho, mas esteja aberto às necessidades da comunidade. Ela necessita do meu tempo e do meu trabalho, do meu saber e dos meus bens. Só assim me sentirei membro ativo e responsável. Derramai sobre nós as bênçãos necessárias para abrirmos nossos corações à doação. Só quem é generoso e não tem medo de dividir está, de fato, aberto para acolher os benefícios de Deus”.

 

DÊ LIVRE E JOVIALMENTE

   Uma doação em dinheiro não tem necessariamente de corresponder a um décimo do que se possui. O décimo mencionado na Bíblia representa uma parcela, uma idéia de grandeza daquilo que se deseja dar livre e jovialmente.

   Por exemplo, suponha que todos os domingos você contribuiu com cinco reais para a atividade espiritual da sua escolha; essa importância deve ser dada livre e jovialmente, com benevolência e também com um sentido de abandono, sabendo que Deus é a fonte eterna de suprimento e que por Seu intermédio todas as suas necessidades são instantâneamente satisfeitas em qualquer lugar ou época. A doação dos cinco reais não tem valor quando, ao fazê-la, somos tomados por um sentimento de privação ou carência. A doação forçada ou por dever ou medo não obedece à lei dos dízimos; tal atitude mental, muito pelo contrário, acarreta um estado de privação.

     

A MULTIPLICAÇÃO DOS DÍZIMOS

  Ao fazer uma doação, separe a importância que deseja dar de todo o coração e afirme silenciosamente ou não: – Cedo esta importância livremente e Deus a multiplicará extraordinariamente.

   Ao proceder desse modo, você esta inserindo em seu subconsciente a idéia de grande riqueza, que ampliará sua fortuna sob aspectos infinitos. Este é o significado da seguinte citação bíblica: “… daí e dar-se-vos-á; no vosso regaço ser-vos-á lançada uma boa medida, bem cheia, bem calcada e bem acogulada, pois com a mesma medida com que medirdes aos outros, sereis igualmente medidos”. (Lucas 6:38)

 

AUMENTE RAPIDAMENTE SEUS RENDIMENTOS

   Contribua regularmente para as boas causas, sem quaisquer condições. Ao contribuir com a importância que sinceramente deseja dar, você está realmente aplicando a lei dos dízimos segundo uma sólida orientação financeira. Ao se decidir pela adoção dessa correta e dinâmica atitude, você sentirá o desejo de dar mais e mais, alegre e feliz, pois seus rendimentos se ampliarão rapidamente, com base na lei de dar e receber.

  Abençoe a sua dádiva e faça-a com alegria, que seu subconsciente a ampliará um milhão de vezes. Este é na verdade o segredo da multiplicação da riqueza daqueles que se permitem doar regularmente; eles se utilizam de uma lei da Mente Infinita que atua em seu benefício, independentemente do conhecimento que tenham dela.

 

DOAÇÃO E PROSPERIDADE

    Um homem disse que fazia freqüentemente doações à sua igreja, mas que não prosperava. Vieram a descobrir, entretanto, que ele não fazia suas doações semanais integralmente, porquanto, ao fazê-las, julgava-se privado de parte de seus rendimentos. Tal comportamento constituía uma  restrição mental, passando a fazer suas doações com alegria e total desprendimento; em pouco tempo, verificou que a “lei do aumento” trabalhava também em seu benefício.

  Ele aprendeu ainda que a doação, conforme a entende na Bíblia, não consiste em dar dinheiro a várias instituições de caridade ou religiosas, muito embora tal prática seja das mais elogiosas e dignas de louvor. Quando o dinheiro é o objeto da doação, esta deve ser feita com a finalidade de divulgar as verdades de Deus e à instituição da qual se recebe inspiração e auxílio espirituais.

  Ele ficou agradecido: “Aí está a explicação de que necessitava; agora entendo perfeitamente o significado da doação”.

 

DOAÇÃO REVERSA

    Um indivíduo queixou-se amargamente, dizendo:

“Todos os domingos faço doação de grandes importâncias a grupos religiosos e, não obstante, jamais consigo equilibrar as despesas”.

    Sua atitude mental, conforme descoberto, era o seguinte:

“Não espero nem tampouco desejo nada em retribuição”. A Bíblia diz que, se o homem escolher uma coisa, essa coisa virá a ser sua, pois assim transmite uma ordem ao seu subconsciente que implicitamente a obedece.

   Ele aprendeu que estava neutralizando seu lado bom, algo como se tivesse colocado uma semente no solo e a retirasse pouco depois, impedindo dessa forma a sua germinação. Esse homem começou então a entender que, se o agricultor deixasse a semente no solo, automaticamente viria a ter uma colheita; isto é, que a “lei do solo” e a “lei da mente” são idênticas. Passou então a esperar que a “lei da opulência” viesse a contemplá-lo, vindo sua condição financeira a melhorar consideravelmente.

 

SABEDORIA EM DOAR

   É preciso ser muito cuidadoso ao fazer doações a parentes ou aos pobres. Não há mal algum em ajudá-los a vencer dificuldades, mas tenha cuidado em não privá-los da iniciativa ou do incentivo de resolver seus próprios problemas de acordo com a sua capacidade. Quando o auxílio é obtido com muita facilidade e freqüência, a pessoa torna-se dependente e, em última instância, conformada e lamuriante. A melhor coisa que se tem para dar-lhes é o conhecimento da “lei do pensamento auspicioso”.

 Assegure-se, ao dar alguma coisa, de que não está prejudicando ou impedindo os outros de expressarem e desenvolverem os seus talentos e habilidades ainda não reveladas. Freqüentemente, o beneficiário de uma doação pouco inteligente adota uma atitude de ressentimento contra o seu suposto benfeitor, por sentir-se dependente e por perceber a sua piedade ou seus sentimentos com relação a seu estado de privação. Ele tem consciência de que devia ser tão próspero e bem sucedido quanto você e sente-se culpado por ser um parasita; tal sentimento acarreta-lhe um profundo complexo de culpa e deixa-o ressentido com o seu benfeitor.

 Transmita-lhe o conhecimento das leis da mente e dos caminhos do espírito, que não mais aceitará qualquer coisa, seja uma colher de sopa ou um terno velho, pois assim você lhe terá revelado a sua própria capacidade de alcançar o seu tesouro interior, no qual poderá abastecer-se de todas as riquezas que lhe foram dadas pelo Ser Infinito desde as origens dos tempos.

 

A DOAÇÃO PERMANENTE

  Pratique a doação permanentemente. Deixe extravasar e irradie para todas as pessoas amor, bondade, amizade, alegria, confiança, entusiasmo e boa vontade. Não é possível dar-se apenas um décimo dessas coisas, pois elas não podem ser divididas ou multiplicadas, por serem eternas e ilimitadas no tempo e no espaço. Essas qualidades e atributos de Deus existentes em seu íntimo jamais envelhecem; além disso, não existe carência de amor, bondade, beleza, paz, alegria, suavidade e sinceridade, por emanarem igualmente de Deus e serem também eternas, intermináveis e infinitas. Não se pode considerar aquilo que é autêntico à base de porcentagem, nem mesmo a riqueza. Mas a riqueza pode fluir para você na medida de suas doações.

   “Trazei o dízimo todo à casa do tesouro, para que haja mantimento em minha casa e provai-me nisto, diz Jeová dos exércitos, se não vos abrir eu as janelas do céu e não derramar sobre vós uma benção até que não haja mais lugar para a recolherdes”. (Malaquias 3:10).

   Está na bíblia: “parte do que você ganha é seu para guardar”. Mas lembre-se de que não existe só você no mundo. Existe o dízimo universal, aquele que você dá para Deus. Faça a distribuição entre os necessitados. A razão é muito simples __ Quando a pessoa manda seu dízimo em benefício da própria prosperidade, está dizendo para o cérebro: “Eu tenho tanto que posso mandar dez por cento.” E assim, ele cria em seu cérebro uma consciência de prosperidade. Reflexão: “Parte do que você ganha é seu para guardar”. 



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